Epa, epa! Se você está aqui e ainda não leu a primeira parte é só clicar aqui!
Agora que você já está por dentro, vamos continuar:
Conceitos importantes para ter uma organização que cresce sempre
Fazer uma empresa crescer não é uma tarefa fácil. Você não achou que caberia em apenas um artigo, achou?
Na primeira parte, discutimos as etapas do Funil Pirata, a importância de cada uma, citamos algumas de suas principais métricas e a importância de buscarmos otimização constante em todas as etapas do processo.
Hoje vamos mostrar como o processo de experimentação e otimização pode acontecer na prática dentro do seu negócio.
Experimentos
O processo de otimização do growth hacking assemelha-se muito mais a um laboratório de química do que a um escritório corporativo. Isso porque seguimos um certo rigor científico na hora de executarmos testes de otimização.
Um novo teste pode dar resultados positivos ou negativos, uma vez que ele sempre parte de uma hipótese ainda não validada. Por isso, antes de investirmos em grandes alterações de software, campanhas ou ações, realizamos testes em pequena escala.
O conceito aqui é: se for errar, erre rápido e erre barato.
É claro que existem processos importantes de serem seguidos se você quiser extrair o máximo do growth hacking, gerando aprendizado e crescimento sem queimar seu orçamento.
Esqueça a caça por hacks
O nome "growth hacking” gerou uma tremenda confusão linguística.
A verdade é que o objetivo do processo é de “minerar” até encontrarmos mudanças com potencial de provocar crescimento no negócio, ao invés de esperar um crescimento (ou não) natural e demorado. Ou seja, nada tem a ver com encontrar “truques”, termo que costumamos trocar por “hacks”.
Muito pelo contrário: o segredo é que não existem hacks.
É parte do processo acreditar que não há como um executivo acordar com uma única ideia de mudança que fará a empresa triplicar de tamanho em 6 meses, mas sim que é possível crescer 1% a cada dia.
Testes A/B
O primeiro princípio básico de um experimento é o Teste A/B, uma ideia que vem do método científico, de algo chamado “grupo controle”.
Na prática, o Teste A/B é usado para testar alterações isoladas e validar ou rejeitar uma ideia. Vejamos, como exemplo, uma landing page: imagina que sua equipe desenvolveu uma página para captar leads e que ela está rodando nos devidos canais.
No entanto, você acredita que poderia trocar o cabeçalho da página, e que isso pode fazer com que a conversão aumente. Você então deve orientar que a equipe rode um Teste A/B, onde parte das pessoas que clicarem para a página entrarão na original, enquanto outra parte cairá na nova. São o que chamamos de Grupo A, ou controle, e Grupo B.
Note: é importante testar os dois ao mesmo tempo. Caso contrário, não teríamos como saber se a mudança na métrica se deu mesmo pela mudança, ou por fatores externos.
Além disso, você só consegue validar uma hipótese por vez. Se, por exemplo, você fizer várias mudanças na página, jamais conseguirá validar qualquer hipótese isolada.
Priorização de Experimentos
Agora que você entendeu o espírito da coisa, pode surgir uma nova dúvida: como eu sei o que testar?
Aí que entra a priorização de experimentos.
Esse é um processo conjunto da equipe, que se separa em 3 fases:
- Brainstorming:
- Pontuação;
- Ordenação.
Na fase de brainstorming você e sua equipe sugerem todo tipo de testes, mudanças e alterações a serem testadas. Neste momento, não adianta ser econômico. Busquem chegar ao maior número possível de sugestões.
Já na pontuação, utilizamos o sistema ICE Scoring, onde avaliamos cada ideia a partir de 3 critérios: impacto - o quanto esperamos que aquele teste gere de mudança -, Confiança - o quanto confiamos no sucesso do teste - e Facilidade - o quão fácil será produzir e testar a ideia.
Após pontuadas, ordenamos os experimentos com melhor score, excluímos aqueles que não apresentam vantagens reais e começamos a execução.
Growth Hacking bem gerido
Não se faz Growth sozinho.
Um time focado em growth precisa se preocupar com várias áreas do conhecimento, como: marketing, copywriting, desenvolvimento, user experience, design, gestão de processos, customer success, business intelligence, ciência de dados, etc…
Por isso, é importante uma equipe multidisciplinar. Para uma equipe enxuta, o mínimo que você precisaria seriam os seguintes profissionais:
- Gerente de Projetos - para controlar os processos;
- Programador/Desenvolvedor/Engenheiro - para cuidar de alterações no produto;
- Copywriter ou Marqueteiro - para fazer otimizações nas campanhas de marketing;
- Design Team (UX Também entra) - para alterações nas campanhas de marketing e do produto;
- Cientista de dados ou BI - para análise de dados dos experimentos e geração de insights.